Tu não vai acreditar, mas quando ele chegou próximo, sentou e me deu a pata no meu colo, eu já tava apaixonado. Cachorros são maravilhosos e esse já tinha me ganhado antes de dizer "oi". Isso porque cães não falam. Se falassem...
Existe vários cães selvagens no mundo. A raça canina e seus derivados são incomparaveis com qualquer outro animal no mundo. No mundo! Pastores, de caça, rastreadores, recolhedores, lebréus. Warrigais, lobos, Dholes, coiotes e chacais. É um animal lindo e nobre em toda sua pose. Se um E.T. aparecesse pra mim e perguntasse o que é um animal doméstico eu mostraria um cachorro, e mostraria um cachorro que representa os cachorros. Um Golden Retriever. O mesmo que tocou no meu colo e ficou me olhando dando oi. Que cachorro do caralho. Eu sempre gostei mais de animais do que pessoas. Deve ser por isso que minha paciência acaba com as pessoas e me comporto como um animal. Um lobo solitário. Tá, você deve tá achando que eu sou poser. Foda-se. Não é você que paga minhas contas, então eu tenho direito de ser o que quizer, quando quiser. E eu decido ser um lupus caninus. Na verdade, um cachorro mesmo. Um cão desvairado que anda pelas noites bebendo qualquer merda e beijando qualquer boca.
Ainda assim, acho que o porra do cachorro me olhou lindamente me dizendo "Luiz, mesmo você sendo um bosta. Eu gosto de você." Esse cão exemplar que é quase um lorde comparado com qualquer ser humano está eventualmente no bar do zé. Eu odeio o zé. Só que o bar dele é cheio de cachaça barata. Entenda como quiser. E o cachorro vive lá, acho que ele está sempre bonito e reluzente, com um pêlo bonito e cheio de vigor. O zé é exculachado com cicatrizes na cara e marcas de época. Porque aquela carcaça é quase acervo de novela da globo. Me impressiona como cachorros são amigos, até de filhos da puta que águam a cerveja. Se o zé pode ter um companheiro maravilhoso, porque eu não posso deixar que ele me queira? Porra! Eu sou um filho da puta e o cachorro foi com a minha fuça.
"Eita, porra. Que o Baco não vai com a cara de ninguém." Baco. Eu repito o nome pro cachorro. Ele dá uma fungada deitando a cabeça no meu colo. "Tá dando comida pra ele? Não dá não!" "Tô dando nada. Cachorro sabe quando uma pessoa é legal."
"Pode até ser. Mas a última vez que o Baco ficou assim foi com a minha mulher. Antes de morrer. E também quando ele tá com verme." Baco com verme? É como Diónisio broxar. Díficil. E porque tu me entrega contra mim, heim Baco? Quero acreditar que não é despedida. E que tu realmente me curtiu. Mas não adianta me olhar com esse olhos lânguidos que a terra um dia há de comer. Se bem que dá até vontade de desistir, mas eu nunca descumpri uma promessa. E tu, tem tudo pra aproveitar. Pena, cara. Aproveita e me curte por um ano que eu curto você.
"Tá?" Ele lambeu minha mão. Se ergueu em pé encima de mim sentado e lambeu meu rosto. Puta cão maneiro. Vou até ir no emprego novo. Pois é. Tu acha que era ninguém aquele número desconhecido? Era o novo trampo. Check. Amanhã. Agora, o Baco e o bico.
Existe vários cães selvagens no mundo. A raça canina e seus derivados são incomparaveis com qualquer outro animal no mundo. No mundo! Pastores, de caça, rastreadores, recolhedores, lebréus. Warrigais, lobos, Dholes, coiotes e chacais. É um animal lindo e nobre em toda sua pose. Se um E.T. aparecesse pra mim e perguntasse o que é um animal doméstico eu mostraria um cachorro, e mostraria um cachorro que representa os cachorros. Um Golden Retriever. O mesmo que tocou no meu colo e ficou me olhando dando oi. Que cachorro do caralho. Eu sempre gostei mais de animais do que pessoas. Deve ser por isso que minha paciência acaba com as pessoas e me comporto como um animal. Um lobo solitário. Tá, você deve tá achando que eu sou poser. Foda-se. Não é você que paga minhas contas, então eu tenho direito de ser o que quizer, quando quiser. E eu decido ser um lupus caninus. Na verdade, um cachorro mesmo. Um cão desvairado que anda pelas noites bebendo qualquer merda e beijando qualquer boca.
Ainda assim, acho que o porra do cachorro me olhou lindamente me dizendo "Luiz, mesmo você sendo um bosta. Eu gosto de você." Esse cão exemplar que é quase um lorde comparado com qualquer ser humano está eventualmente no bar do zé. Eu odeio o zé. Só que o bar dele é cheio de cachaça barata. Entenda como quiser. E o cachorro vive lá, acho que ele está sempre bonito e reluzente, com um pêlo bonito e cheio de vigor. O zé é exculachado com cicatrizes na cara e marcas de época. Porque aquela carcaça é quase acervo de novela da globo. Me impressiona como cachorros são amigos, até de filhos da puta que águam a cerveja. Se o zé pode ter um companheiro maravilhoso, porque eu não posso deixar que ele me queira? Porra! Eu sou um filho da puta e o cachorro foi com a minha fuça.
"Eita, porra. Que o Baco não vai com a cara de ninguém." Baco. Eu repito o nome pro cachorro. Ele dá uma fungada deitando a cabeça no meu colo. "Tá dando comida pra ele? Não dá não!" "Tô dando nada. Cachorro sabe quando uma pessoa é legal."
"Pode até ser. Mas a última vez que o Baco ficou assim foi com a minha mulher. Antes de morrer. E também quando ele tá com verme." Baco com verme? É como Diónisio broxar. Díficil. E porque tu me entrega contra mim, heim Baco? Quero acreditar que não é despedida. E que tu realmente me curtiu. Mas não adianta me olhar com esse olhos lânguidos que a terra um dia há de comer. Se bem que dá até vontade de desistir, mas eu nunca descumpri uma promessa. E tu, tem tudo pra aproveitar. Pena, cara. Aproveita e me curte por um ano que eu curto você.
"Tá?" Ele lambeu minha mão. Se ergueu em pé encima de mim sentado e lambeu meu rosto. Puta cão maneiro. Vou até ir no emprego novo. Pois é. Tu acha que era ninguém aquele número desconhecido? Era o novo trampo. Check. Amanhã. Agora, o Baco e o bico.