O único lugar onde não se deve ter amor por quem ama
é na cama.
Tem de ter odio e força e a natureza entrando pelos
poros... é chover e molhar a cama, sentir o cheiro de grama, é queimar os
lençois e torrar o cedro da armação de toda labareda, é a brisa da manhã, o
barulho das ondas nos ouvidos, mergulhando salgado-doce no outro.
É sentir a lagrima escorrer quando a garganta for
preenchida.
É mão tensa e abrir dolorida, alguns parcos fios de
cabelo.
Ajoelhar sob a sua superioridade. É beijar seu pé aceitando
o sofrimento que terei.
é aceitar que deus criou a mulher depois do homem, dando-lhe
para seu divertimento.
Saber que cachorro é homem, mulher é cadela e que
toda sorte de animal se encontra dentro da noite. Do mais puro coração dividido
entre o cavalo e o alazão.
É esquecer sexo, identidade e sem essa hipocrisia de
ser um só, dois putos para o fim.
Fim de tudo. É sentir sair de si para o outro, em
cada movimento. A cada bombada, sou mais sua, que de mim própria. Imensa
mentira contada para agradar.
Onde eu assino para casar com uma puta como você.
Imensa alegria de querer acreditar naquilo que acontece quando é tortura.
Quando masturba só para sofrer e para, morde, bate,
volta e você quer que acabe o que não deveria.
Acabar com o que é intocado, destruir o que é belo.
Decorar de suor corpo arranhado pelo diabo da carne. Arre, que não tem valor
maior, fogo de palha em pernas finas. Saias rodadas, gravatas, óculos, só
avental na cozinha-cama. Todo fetiche de punir e amar.
Que acabe suas forças antes de meu gozo.
Que suma sua dignidade e confunda com amor essa
porra toda.
Entenda como quiser.
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