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Os dias são contados. O Tempo passa. E se caminha cada vez mais como se fosse um diário de um eunuco.

segunda-feira

Dia 21 - Novo emprego: Check

 
Não sei se essa porra vai em ordem (o universo e a lista), but, foi muito divertido ter entrado no escritório e mandado tudo as fafas.
Na verdade essa abordagem vagabunda estava sendo trabalhada faz uma semana. Eu comecei a tripudiar o trabalho só por diversão, mas, ninguém se ligava.
Meu patrão, um gordo metido a descolado com tattoos nos braços e fala lenta.
Como eu odeio carioca marrento, ainda mais patrão. Comecei a trollagem cedo.
Mandei um e-mail para todos os colegas com o seguinte assunto: MANUAL PARA EVITAR SEU PATRÃO.
Com alguns itens absurdos, criados para acabar com a concentração, um deles era assobiar a Marcha Imperial do Darth Vader toda vez que ele passasse. Fiz isso umas quatro vezes. Com ele saindo da sala. Na última, ele voltou e perguntou que bobeira era essa.
Respondi com a cara mais sonsa possivel: "Desculpa, mestre."
Ele ficou na dúvida se era apenas uma brincadeira ou uma provocação. Ele não é muito perspicaz também.
Então, á partir daí foi só se acostumar ao fato de que mais cedo ou mais tarde iam me mandar embora, eu dei três dias, não fui mandado mesmo criando a marcha fúnebre do almoço, falar alto no meu canto com meus colegas, voltar pro local com uma latão de brahma e toda vez que ir no banheiro fazer um comentário do tipo "Essa ardeu."
Nada. Tive que pegar pesado me sujeitando ao imprevisto esperado de 'justa causa'.
Sexta-feira entrei no trampo vestido de roupas alegres, um chapéu de palha, chinelo de dedo. Reunião logo cedo. Com meu bermudão, um ukulele de brinquedo entro tocando e gritando, 'Aloha! Feliz sexta RAVAIANA!', prá completar passei a madruga entre uma cachaça e outra, enviando pra todo mundo modo de proceder hoje. Além, de que como tive que sair tarde na quinta, todos os computadores da edição de imagem, onde trabalha-VA, eu tenho acesso. Mudei a música de entrada pra uma canção de 15 minutos de um gordão gemendo. Em Hawaii-stile. Só que, graças á um erro meu, eu pûs duas vezes. 30 minutos. Felicidade. Então, ás 8 da manhã, na reunião o clima ficou tenso. Eu só fingia que não era comigo.
Após a reunião, todos em suas funções, ligam os computadores no servidor central. Sinceramente? Parecia uma ópera de tão incrível que foi. Quando começou a tocar eu levantei e bailei junto.
Meu telefone toca e era o BIG BOSSTA.
'Luiz?' Como eu odeio esse nome.
'Quem é?!' Ah! Isso mata qualquer um.
'Que porra é essa?!' Ignorei.
'Quem é, por favor?'
'A sua mãe! Quem você acha que é?'
'Mamãe morreu. Por favor, seja você quem for, não brinque com essas coisas. Sou sensível em relação á...' Me cortou.
'Sensível? Tu tá brincando comigo? Tá certo que aqui é um lugar descolado com uma vibe que eu gosto de preservar. Mas você exagerou.' Mentira. Não tem vibe nenhuma. Ele só gostava de passar essa imagem por trabalhar com audio-visual em peso no rio.
'Pois é. Eu tô descontraindo mais ainda. O Obama é Havaiano, sabia?'
'E daí?'
'Tô comemorando um negro havaiano que manda na porra toda matar alguém e não mostrar o corpo.'
'Olha aqui Luiz, eu não sei o que tá acontecendo mas vem...' Desliguei. -na minha sala, agora. Era esse o final da parada. Ele liga de novo.
'Opa, fiz cair a ligação.'
'Como assim?'
'Assim oh-' Pequeno sorriso no rosto. Esperei sentado. Ele entra e está vermelho de raiva.
'Vai embora e conversamos na segunda.' Como assim?! Fiquei sério.
'Tá falando sério?'
'Some daqui. Vai.'
'Você não pode fazer isso comigo. Me tratar assim. Você não vai me mandar embora?'
'Não. Não tenho motivos. Apesar disso tudo.'
'Obrigado, você é muito bom. (irônico) Deveria era me mandar embora.'
'Só queria ouvir isso. Pra justa causa ter testemunhas.'
.
..
...
Filho da puta. Queria que todo mundo ouvisse eu dizendo o óbvio. Lá saiu ele fechando a porta com um sorriso no rosto. O mesmo que eu tinha a semana toda. Lá se vão meus 2 anos na empresa. Gratos, coleguinhas.
A gente se vê numa outra vida. Quando ambos formos gatos.

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