Fazia
tempo que eu não me sentia assim. Com sorte. Essa sorte estranha que
vem não sei da onde e se estabelece como um karma. É como se o
universo soubesse que você está bem fudido e te dá uma chance de
esquecer um pouco os problemas. Esquecer um pouco sobre você. Eu
descobri depois desse tempo todo andando por essa terra que sou um
indeciso sentimental do caralho. O que acontece é que se alguém me
destrói emocionalmente, se me faz perder a fé do amor, eu adianto
logo a personificação do homem perdido e assumo a minha nova
característica. Eu perco a fé do amor, não a do sexo. Nunca a do
sexo. E é isso que me faz procurar mulher novamente. Ir atrás. Pode
demorar uma semana, um mês ou seis meses. Eu demorei dois meses na
penúltima vez. Foi uma gorda que reapareceu na minha vida. Uma gorda
que se acha artista. Ela pintava nus ou algo assim. Ela era
histérica, maluca e o pior... Não é a hora de falar sobre ela,
isso fica pra depois, mas foi nessa louca que descobri que tinha uma
deficiência em acreditar no relacionamento tão rápido. Eu sempre
vou amar as pessoas, mas nunca vou me entregar tão fácil assim. E
eu me apaixono tão rápido quanto um veado goza se masturbando com
um pé de cabra no ânus.
Ficando
um tempo sem procurar ninguém e disfrutando da minha vida de
putaria, ela apareceu. Não vou ficar marinando a parte romântica
porque isso não interessa aqui. Basta dizer que foi boa o suficiente
para eu queimar como uma tora vira carvão e ainda querer ela. Só
ela. Seu corpo duro e macio, seus cabelos pintados de vermelho, os
seios lindos, a bunda firme, a buceta linda, mesmo com experiência
suficiente para manter qualquer macho trabalhando a noite toda,
preservada, cheirosa, viva.
Mas
vem aquela cobrança feminina de que tu deve mudar mesmo sabendo a
hora do que deve acontecer. E a necessidade de querer as coisas. Me
irrita a incapacidade social que a mulher tem em se sentir
fortalecida por um homem protetor. Eu quero que se foda isso. O que
eu quero é uma mulher independente de si e da vida. Independente e
maluca. Quando ela começou a perder o brilho e o encanto, eu dei o
passar bem. Porque não se pode tirar o foco da dor e colocar o
desespero á frente. Não na frente de quem te conheceu sendo tão
forte. Nunca perder as rédeas.
E
como notícia ruim de homem solto na rua é notícia que corre rápido
entre as mulheres, nasce um fogo quase absurdo. É a competição.
Terrena. Simples. De quem come primeiro. Nós homens não percebemos
isso, nós ou estamos sofrendo muito e matando a dor dentro de uma
caneca de cerveja dentro um bar qualquer ouvindo Amado Batista
tocando alto no som ou estamos tentando achar o maior número de
buceta possível para comer e remediar a dor. E como um homem precisa
comer várias mulheres para esquecer uma mulher. A mulher.
Então
fica parado e espera. Foi o que fiz. E foi o que a Madá fez.
A
Madá é alta, cabelos escuros, e, pele branca. Tatuagens horríveis,
mas uma boca e sorrisos lindos. E que vontade de dar. Que xoxota
linda. Ela mora longe e eu tive que ir a ela, ao mesmo tempo, a
Samara veio dar um ombro amigo. Me disse que estava devendo se
embriagar com ela numa noite dessas. Uma ruiva natural, cheia de
sardas. Como morava na mesma região da Madá não me precipitou.
Encontrei
a Madá no cinema e nos pegamos como se não acabasse o dia, era de
tarde e estava muito quente que nem o ar condicionado funcionava. Seu
short jeans e top usando uns óculos bem nerd. Aquilo me deixava
excitado e só pensava em gozar com ela usando eles. Saímos do
cinema e fomos para um lugar que tinha logo perto. Ao entrar, ela já
ajoelhou e foi mamando minha vara que estava tão dura e pulsando que
fez ela engasgar ao enfiar na garganta e não foi pouco. Soquei até
lacrimejar. Mas ela não fraquejava. E tomou minha porra toda. Ela
tinha que ir para o trabalho. Seu primeiro dia naquele pub. É um
nome chique para um boteco. Mesma merda, cerveja mais cara. Falei que
ia esperar ela. Depois de ir para o trabalho, fui para a praia e
fiquei bebendo a tarde toda. Vendo as mulheres. Mais tarde um amigo
meu, Luigi apareceu e ficamos bebendo conversando sobre política e
essas coisas que a América Latina está tão preparada mas sempre
enrabada. Essa puta velha ainda aguenta muita pilantragem. Até ele
continuar bêbado e agressivamente efusivo. Mas ainda faltava mais
algumas horas para ela sair do bar, então, resolvi ir para um motel
e mandar algumas mensagens para ela, esperando ela. Querendo que ela
entrasse como se fosse uma puta. Que pensassem que era garota de
programa. Enviando fotos para ela. E ela respondendo do bar. Mandei-a
ir ao banheiro e enfiar o dedo bem fundo na buceta e servir os
clientes assim. Com cheiro de xoxota. Quando ela finalmente saiu do
trampo, entrou no táxi e veio voando para o motel. Tomou um banho. E
fudemos o quanto conseguíamos. Estavamos muito cansados. Eu bebi
demais e ela estava exausta. Um monumento de mulher que sempre
desejei e eu estava cansado. Que se foda. A vida acontece.
No
dia seguinte, nos arrumamos e continuamos a nossa vida. Ela foi
trabalhar e eu também fui resolver meus problemas. Samara me ligou
algumas vezes e Luigi, no meio dos seus surtos, me disse, “se você
quiser, não estou dizendo nada, mas você consegue pegar fácil. Não
sei se come, mas pega fácil”. Eu nunca entendi direito como essa
coisa de perceber que alguém quer algo contigo, funciona. Eu nunca
reparei. Sempre passo como se fosse uma nuvem e não capto nada.
Precisa ser bem direto. Precisa me dizer claramente como a Madá. Que
me ligava para falar que estava louca pra fuder comigo. E eu
entendia. Então, a Samara estava ali. Assim. Sempre senti tesão por
ela desde a primeira vez que vi. E hoje a noite íamos nos encontrar
para beber com a galera.
Foi
uma festa de amigos que acontece sempre. Quase que religiosamente
toda semana. E lá estava ela. Tocando violino pra galera. Bem
branca. Começamos a conversar e cortei logo a conversa.
“Eu
sei que você quer... Para de falar e me beija.”
E
daí começamos a se beijar, meu celular tocou algumas doze vezes e
ignorei. Mais tarde da noite descobri que era a Madá. Mas aí já
tinha colocado a Samara em pé solta no espaço segurando e
equilibrando ela apenas pelos braços presos nas costas enquanto
socava a rola nela. O barulho das batidas do meu saco na pele dela me
dava mais tesão e eu fudia com mais raiva. Minha vontade era de
suspender ela na pancada do meu pau. Até gozar. Ela ficou com um
certo ciúmes e senso de nocividade quando descobriu as ligações.
Que se foda. A gente é sempre posse de alguém em qualquer dado
momento. Se você acha que não, pense de novo. Liguei bem mais tarde
para a Madá marcando algo pro outro dia. Marquei um almoço, e,
realmente aconteceu, mas sem ela. Eu tenho um código de honra muito
digno, que funciona muito bem. Eu vou onde me convidarem, mas se
houver algo melhor para fazer eu desmarco. E nunca neguei isso. E
esse almoço foi com alguns amigos, umas cervejas e uns sambas. O
centro do rio fica muito bonito nas tardes de sábado. E a rua do
mercado é um ótimo cartão postal da pós-foda do fim de semana. É
para ficar entre amigos. Na mesa que estávamos do outro lado tinha
essa menina com um olhar muito sexy e com pernas intermináveis. Ela
me encarava e resolvemos tomar uma cerveja. Perguntou sobre uma marca
no ombro. Se era algum beijo. Era uma mordida. E tinha sido da foda
da noite anterior. Ela sorriu sem se assustar com a informação e
levantou a saia preta e curta mostrando as marcas na coxa. Falou bem
no meu ouvido, “Tomei pirocada ontem a tarde toda.”
“Só
ontem?”
“Sim.”
“Eu
tenho outras marcas da semana. Quer ver?”
“Quero
você me comendo e contando como foi. Isso me dá tesão.”
Saí
daquele restaurante levando ela direto para o motel. O mesmo quarto
da primeira noite. Fiz de tudo. E tudo ela pediu. Mas essa merece
detalhes e estou a mercê do tempo. É isso que eu quero o tempo. Ela
contou e marcou todos os arranhões e hematomas. A base do osso do
meu pau já estava dolorido, mas a gente continua. Eu só me dei
conta dessas façanhas putanhescas depois que percebi o que
aconteceu. Depois que a mulher que era posse de verdade me ligou.
Depois que toda vez que transava comparava. E sempre imaginava ela
lá, mandando a mulher fuder direito. Que eu gostava de outro jeito.
Que se não fizesse direito ia mijar na boca dela. Dá esse cu,
caralho! Saí daí, é assim que se dá um cu. Aprende sua vaca. E
gozava.
Todas
as vezes.
Três
dias de fogo e eu só pensava nela.
0 comentários:
Postar um comentário